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a alegria, os cânticos e a magia da floresta, no pátio em frente ao
Teatro Piollin, em João Pessoa, numa cerimônia de pajelança com os índios da Tribo Yawanawá. Uma etnia da fronteira brasileira do Brasil e Perú, na Amazônia Acreana.
No
sábado, dia 02 de março haverá uma palestra, às 15:00 horas, com o pajé e
outros três guerreiros dessa tribo, que estão em turnê pelo nordeste na
intenção de realizar vivências, enfatizando sua cultura nativa,
costumes, trazendo artesanatos e suas medicinas.
A Cerimônia
será nas imediações do Teatro Piollin, no Roger, a partir das 20:00h
com práticas de plantas de poder, aplicadas na Pajelança dessa tribo,
entre elas a Ayahuasca e o Rapé. No local há estacionameto e
banheiros, dessa forma, a organização do evento recomenda trazer
colchonetes e agasalhos noturnos. Ao amanhecer do dia haverá uma mesa
com frutas e sucos naturais para compartilhar.
Venha participar dessa magia ancestral. Essa é a primeira vez que uma tribo Yawanawás vem ao extremo litoral das Américas!
Basta
fazer sua inscrição através de depósito bancário e garantir reserva no
valor contribuitivo de R$ 140,00 (com vagas limitadas). Para maiores
informações escreva para rosemberg_s@hotmail.com ou ligue para 83 8897.8001 (falar c/ Rosemberg).
A TRIBO - O Povo
Yawanawá é tradicionalmente um povo mais caçador que pescador, e em suas terras
sempre há fartura de proteína animal. Dentro de uma tradição de total respeito
pela natureza, seus caçadores fazem caçadas coletivas ou individuais e suas
caças preferidas são a anta, o veado, o porquinho (caititu) e o queixada. E
também algumas aves, muito apreciadas pelas índias, como as nambus,
cojubins e outras. O milho é muito apreciado. A macaxeira reina soberana:
cozida, assada, em forma de farinha, como caiçuma... Está presente no dia a dia.
Na aldeia sagrada não entra televisão. Bebida alcoólica - nem pensar - é
expressamente proibida. Muitas
dessas decisões são tomadas na oca da aldeia em conversas logo no início do
dia.
Como parte da luta pela revitalização da sua cultura, massacrada pela colonização do passado, o povo da aldeia Nova Esperança apresenta danças sagradas, cantos, brincadeiras, comidas tradicionais e rituais, celebrando as tradições, com a energia e a força da floresta. No ritual de Uni e Humê (cipó e rapé) com o pajé Yawanawá, está a programação de um espaço para apresentações com suas músicas e danças.
É costume Yawanawá chamar as pessoas por vários nomes, como forma de homenagear os mais diversos parentes, seja a mãe, o pai, os tios, as tias, etc. O pajé mais velho da aldeia é o Yawarani, chamado simplesmente por Yawá. É pajé desde os 50 anos e hoje tem cerca de 90. Ele canta também, mas suas especialidades são a reza e os trabalhos com as plantas medicinais. É uma relíquia viva e suas rezas na língua nativa; acompanhados de sopros, são requisitadas por todos.
O juramento do Muká - O terreiro sagrado do Muká é um lugar especial dentro da aldeia sagrada. Lá existe uma planta denominada Rarê Muká, a mais sagrada dentro da cultura Yawanawá. É uma planta simples, rasteira e muito rara. Ela não é cultivada. Surge exclusivamente no terreiro sagrado e é quem cuida da folha Kãnikauá. O terreiro sagrado serve como retiro espiritual para formação de pajés, para dietas como a da caiçuma, do jenipapo e para fazer o ‘Juramento do Muká' ou 'Juramento do Rarê', o ato mais sagrado da cultura Yawanawá. Dez índios Yawanawá já fizeram o juramento na fase moderna. O juramento tem geralmente uma finalidade específica, como por exemplo, tornar-se um curador com plantas. O Juramento do Muká é o último recurso para cura de doenças difíceis. No terreiro sagrado também está plantado o Uni (cipó jagube) e já existem vários canteiros de folhas Rainha (chacrona) que formam a bebida sacramental Ayahuasca.
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