quinta-feira, 7 de junho de 2012

pós duas longas temporadas e um laboratório de dramaturgia, Alfenim encerra semestre com um seminário sobre Teatro e Sociedade





Este final de semana encerra-se a programação de temporadas do Coletivo de Teatro Alfenim, que desde 10 de março vem ocupando a Casa de Cultura Cia da Terra, na Praça Antenor Navarro, com os espetáculos: “Milagre Brasileiro” e “O Deus da Fortuna”, que fica em cartaz apenas este sábado (9), às 20h e domingo (10), às 17h.

Em paralelo à programação artística, o coletivo também conduziu durante dois meses um laboratório gratuito de dramaturgia, reunindo 17 pessoas em torno deste tema, que será aprofundado a partir desta segunda-feira (11), no Seminário Teatro e Sociedade: o papel da dramaturgia contemporânea, a partir das 17h no Auditório Verde do Espaço Cultural.

O seminário que também integra junto com o laboratório e as duas temporadas, as atividades do projeto Teatro Alfenim em Repertório, contemplado com o Prêmio FUNARTE Myriam Muniz de Teatro 2011/2012, segue até terça-feira (12). A programação contará com uma palestra por dia.

Nesta segunda-feira (11), os convidados serão os jornalistas e escritores Bráulio Tavares e Astier Basílio, e a professora do departamento de arte e mídia da UFCG, Eliane Lisboa.  A terça-feira (12) segue com os professores do Departamento de Artes Cênicas da UFPB, Paulo Vieira e José Tonezzi.

Sobre o tema em questão, Braúlio Tavares diz, “A dramaturgia sempre será importante no teatro, mesmo com o surgimento de escolas e tendências que dão ênfase à encenação, ao trabalho de corpo, etc., e chegam a produzir ‘peças teatrais sem palavras’.  Tudo isto é interessante e salutar, mas não substitui a palavra, não expulsa a palavra do palco.  Cada um se exprime da maneira que lhe é mais espontânea, e enquanto existirem pessoas espontâneas com a palavra o teatro precisará delas”.

Após o seminário, o grupo segue para uma temporada de um mês em São Paulo com os espetáculos “O Deus da Fortuna”, “Milagre Brasileiro” e o experimento de rua “Histórias de Cem Réis”.

SAIBA MAIS | PALESTRANTES
Bráulio Tavares
Bráulio Tavares é poeta, escritor, compositor, teatrólogo e estudou cinema em Minas Gerais. É pesquisador de literatura fantástica, sendo o primeiro a compilar uma bibliografia do gênero fantástico na literatura brasileira. Como escritor, revelou seu talento em vários livros, entre eles: "A pedra do meio-dia, ou Artur e Isadora", em 1979 e, depois em 1980, com "As baladas de Trupizupe", ambos de cordel. Seu recém-lançado livro se chama "Os martelos de Trupizupe”.

Eliane Lisboa
Eliane Lisboa é professora no curso de Arte e Mídia da Universidade Federal de Campina Grande e dramaturga. Foi diretora de teatro da Cia. Teatral Jogral em Santa Catarina e atualmente dedica-se à direção de ator. Tem atuado principalmente nos seguintes temas: formação do ator, dramaturgia, história, teoria do teatro e crítica teatral.

Astier Basílio
Astier Basílio é poeta, jornalista cultural e teatrólogo. Trabalha no “Jornal da Paraíba”, como repórter, e na revista “Correio das Artes”, suplemento do jornal “A União”, como crítico cultural. Entre suas produções está o livro “Antimercadoria”, de 2005 e “Retratos Falados”, 2011.

Paulo Vieira
Paulo Vieira é professor da Universidade Federal da Paraíba e Chefe do Departamento de Artes Cênicas da UFPB. Suas principais áreas de atuação são: ensino, encenação, dramaturgia, teatro, ator, teatro brasileiro, teatro do nordeste, arte grupal, ficção e Plínio Marcos. Paulo Vieira é membro do Conselho Superior de Ensino (Consepe) da UFPB e membro da Comissão Assessora de Avaliação dos cursos de teatro do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP - MEC).

José Tonezzi
José Tonezzi é professor adjunto do Curso de Teatro da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), onde é editor da Revista Moringa - Artes do Espetáculo. É diretor do Núcleo de Estudos e Experimentação do Cômico (NEECO). Coordena pesquisa intitulada Cena e contágio, que trata da hibridez e da multimodalidade cênica, com ênfase nos seguintes aspectos: estudos do cômico e do grotesco, cena e tecnologia, teatro e distúrbios do corpo, da linguagem e do comportamento.

SAIBA MAIS | O DEUS DA FORTUNA
Afundado em dívidas em virtude da crise da produção do arroz e da seda, o Senhor Wang, manda erguer um altar em honra de Zao Gong Ming, o Deus da Fortuna, com a intenção de se salvar da falência. Porém as oferendas são inúteis e o proprietário vê-se obrigado a vender a própria filha a seu credor, como forma de amortização da dívida.  

Em meio aos rituais do matrimônio, o Deus surge à sua frente e lhe desvenda o futuro, com a condição de que seja erguido o grande Templo da Fortuna. O proprietário  deixará as formas primitivas de acumulação do capital para dedicar-se à especulação e aprenderá “como o ouro se transforma  em pura aparência”.      

Sintonizado com as novas formas imateriais de acumulação do capital esse acumulador primitivo irá saldar suas dívidas e erguer um novo templo ao Deus da Fortuna, o templo  da especulação financeira.   

Em tempos de crise sistemática do capitalismo, cuja lógica é a de se alimentar de trabalho não pago e da promessa fictícia de que o capital especulativo promoverá a felicidade futura, comprometendo não apenas as gerações de hoje como também as gerações vindouras, o  Coletivo de Teatro Alfenim experimenta a comédia com o propósito de desmascarar a maquinaria teatral utilizada para escamotear a lógica criminosa do capital especulativo e seus derivativos “metafisicantes”.  

FICHA TÉCNICA:  
Elenco:  
Adriano Cabral
Cecília Retamoza
Daniel Araújo
Lara Torrezan
Paula Coelho
Verônica Sousa
Vítor Blam
Wilame AC  
Texto e direção: Márcio Marciano
Direção musical: Wilame AC
Músicos: Mayra Ferreira e Wilame AC
Cenário: Márcio Marciano
Direção de Arte: Vilmara Georgina  
Iluminação: Ronaldo Costa
Produção executiva: Gabriela Arruda  
Duração: 105 minutos  
Classificação Indicativa: 10 anos  

SAIBA MAIS | Coletivo de Teatro Alfenim
O Coletivo de Teatro Alfenim é um núcleo de investigação teatral surgido em abril de 2007. Seu idealizador é o dramaturgo Márcio Marciano, fundador da Companhia do Latão, de São Paulo. O grupo tem como meta a criação de uma dramaturgia própria com base em assuntos brasileiros, e a formação de plateias através de eventos paralelos às montagens como seminários, oficinas e debates abertos sobre os temas abordados na pesquisa.

O grupo é um dos idealizadores do Movimento Lapada, que reúne coletivos teatrais do Nordeste com o intuito de realizar intercâmbios artísticos. O último encontro do Movimento reuniu na cidade de João Pessoa mais de quarenta grupos de teatro da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará.  O Coletivo Teatro Alfenim foi um dos representantes do teatro paraibano nos encontros do Próximo Ato, evento realizado pelo Itaú Cultural, de São Paulo.  

SERVIÇO O DEUS DA FORTUNA:

O QUE: Último final de semana de  “O Deus da Fortuna”
QUANDO: sábado (9) e domingo (10)
HORA: sábado às 20h e domingo às 17h
QUANTO: R$ 20,00 e R$ 10,00 (antecipado fica R$ 10,00)
ONDE: Fundação Casa de Cultura Cia. da Terra, na Praça Antenor Navarro, 15, 1º andar, Varadouro, João Pessoa.
INFORMAÇÕES: (83) 8892-8099






SERVIÇO SEMINÁRIO:
O QUE: Seminário Teatro e Sociedade: o papel da dramaturgia contemporânea
QUANDO: 11 e 12 de junho (segunda e terça-feira)
HORA: 17h
QUANTO: GRÁTIS
ONDE: Auditório verde do Espaço Cultural
INFORMAÇÕES: (83) 8892-8099

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