IVANOV, a partir do texto de Anton Tchékhov
Teatro Máquina
Direção de Fran Teixeira
Sinopse
Ivánov, escrito por Tchékhov em 1897, traz a figura de um homem ensimesmado em seus conflitos interiores. Exposto ao amor da esposa doente e à paixão fulminante da jovem Sasha, Ivánov se ocupa com descrições frias dos acontecimentos, inerte, sem fé. As conversas vazias, os diálogos sobrepostos criam o clima de não-comunicação e renúncia que deflagram a decadência da aristocracia rural e antecipam a atmosfera revolucionária russa da virada do século. A montagem do Teatro Máquina coloca Ivánov diante de sua floresta devastada e de uma realidade desesperada. Sua renúncia à vida nos afeta e atualiza o drama tchekhoviano, para refletirmos sobre o nosso tempo. Nossa encenação desenvolve as investigações já em curso sobre práticas de não-representação, demonstração, desdramatização, exame de situações. Para o desenvolvimento desse trabalho realizamos trocas com grupos do interior do Ceará (Arte Jucá, de Arneiroz e Oficarte, de Russas) e com o grupo paraibano Piollin, a fim de encontrar co-criadores, fomentando os encontros entre grupos como ação política.
Serviço
Julho de 2011
Dias 07, 08, 09, 10, 14, 15, 16 e 17, às 20:00
Centro Cultural Piollin - Rua Prof. Sizenando Costa , s/n - Roger - João Pessoa - PB
Ingressos: R$ 16 e R$ 8
Teatro Máquina
A linguagem teatral é nossa principal tarefa investigativa, que tem nas dimensões da pesquisa e do processo colaborativo sua principal base. As possibilidades narrativas, os aspectos épicos e diferentes modelos de composição gestual e vocal são desenvolvidos a cada novo trabalho, onde sempre nos impomos desafios maiores. Na nossa criação buscamos nos orientar por princípios formais de composição que encontram especialmente na exploração do gesto (em sua construção, definição e decupagem) e na noção expandida de narração (como contraponto aos elementos dramáticos) os principais focos de investigação. Em nossa trajetória se destacam os espetáculos "Quanto Custa o Ferro?" (2003), "Leonce + Lena" (2005), “O Cantil” (2008), "Répéter" (2009) e “João Botão” (2010).
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